domingo, 11 de abril de 2010

Teu desejo. Sua ausência.

Claro,

O prazer é todo seu.

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Não continue sua leitura se você for só mais um número.

Não gosto de gente normal que pensa que tudo tem que ser igual.
Esse é um mundo paralelo habitado por gente que sonha e gente que faz.
Por pensamentos tolos que despertam em fração de segundos e no outro já não fazem mais sentido.
Talvez sejam só coisas que eu gostaria que fosse.

Far-se-á por fragmentos de uma vida inteira que acende e reacende como chama em dia de chuva e perto do mar. Isso só acaba quando a última chama se esvai e já não volta mais. Seria belo. A falta que faz. Mas coisas belas, já não acontecem mais.
Hoje dormirei mais aliava,
porque cada vez mais entendo que mistérios não existem.
O que existem são dúvidas que gostamos de ter.
Tê-las,
bastente.
Reconforta.
O que tenho não são mistérios, são sentimentos que já não cabem mais aqui dentro, mas que ainda assim faz bem sentir, mas só aqui, no mundo paralelo que visito vez ou outra.
No faz de conta Faz bem querer esse mal querer.
E como humana que sou, esse mistério que não existe (mas que eu gosto de ter, esse mal querer) é o que os olhos procuram.
Indiferente, talvez não note.
Talvez não note que os olhos procuram.
Que o corpo precisa.
Que meu desejo chama.
És tão BelA e indefeso,
És tão seguro e tão suA.
Dentre todos esses nossos entretantos, já sinto assim.
E de olhar, sinto medo.
Medo até de fazer você sentir o mesmo medo.
Misthério esse vão que te deixa tão perto a ponto de ser intocável.
Agora faz um frio que quase não suporto e embora não quisesse, devo me contentar com os textos que escrevo sentada neste telhado em forma de coração que me faz olhar o TUDO de cima... E também de baixo, que faz meu mundo crescer. E ele vai além do infinito, buscando algo que não sei o quê, que não sei se posso, se quero.
Vou seguindo, traduzindo em palavras o quão indecifrável,
indescritível;
o que sinto.
Teu rosto vem de quando em vez
com gosto de beijos vazios e quentes
que mantém em segredo tudo que puder acontecer.
Talvez, em dias você queira estar sorrindo na minha prateleira,
mas não ouso dizer que é diferente agora.
Sentirei saudades.
Não de você, porque pouco demais!
Mas do que eu dispunha. Que por limitação humana, não era mais.
Saudade do que, único e pequeno,causou em mim.
Aquela ambiguidade que você é sem querer.
...
Agora já é outono,
Daqui de cima já posso ver que algo mudou ao redor, o frio já não dói tanto e ali,
logo ali,
já tem uma face bonita do jardim que pintou.
Me alegra essa paisagem,
mesmo que seja coisa pouca,
coisa de outono triste-alegre que acaba de nascer sem saber ainda o que quer ser quando crescer.
Me alegra essa paisagem, mesmo sem o calor que aquece e a segurança que protege.
Por fim,
Transforma-se em palavras
TUDO AQUILO QUE FOR RESERVADO PARA NÓS.

não procure entender o que lê e sente.
só os olhos da alma conseguem fazê-lo.
isso é coisa de poeta.
Poeta é coisa boba, coisa pequena, coisa tola, coisa RARA.
Poeta não entende. Poeta apenas sente.
É baú de faz-de-conta,de retrato preto-e-branco.de tesouro de arco-íris.

E é claro, o prazer é todo seu.
Seja bem vindo, desde que lembre-se que esse mundo é meu.

Katrine Quintanilha.

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Claro,

O prazer é todo seu.