sábado, 14 de agosto de 2010

Conquistas.

Pensamento pequeno esse de hoje.
Pequeno como esse tempo bom, que efêmero ou longínquo, não sei.
Porque, na verdade, de que importa saber se o amor acontece, hoje, amanhã ou depois ou se tão somente, não acontece?
Importa é que eu tenho preguiça de ser infeliz, e não tenho problema em assistir da minha janela -de onde vejo um jardim de borboletas florescendo - que algum de meus sonhos morram, que outros nasçam em seu lugar, e ainda, que outros renasçam com a força que nunca tiveram outrora.
Que eu nunca me esqueça, no entanto, que a dor que dói precisa do meu próprio carinho para passar, como se fosse aquele que um dia esperei receber. Os bons beijos, precisam brotar de mim.
Estou aqui, esperando que "novas conquistas" me toquem.
Sim, eu me deixo cativar mais uma vez e "Quando eu estiver contigo no fim do dia, poderás ver as minhas cicatrizes, e então saberás que eu me feri e também me curei".
"Deixamos o amor chegar quando estivermos em milhões de pedaços, para cuidar, para curar, para nos ajudar a construir."
(Cáh Morandi)

Um comentário:

  1. Minha cara e querida Katrine, pensamento pequeno de riquíssimo conteúdo, lembrei-me que nos pequenos frascos se encontram grandes fragrâncias. Lembrei-me também da letra musicada de João Bosco e Abel Silva (Quando o amor acontece), tão "belamente" interpretada por Emílio Santiago e o pelo própio João. "O amor quando acontece, a gente esquece logo que sofreu um dia, esquece sim..."
    Novas conquistas virão, novas dores, novos recomeços e novos carinhos. Seu texto suscitou em mim, Vincent Willem van Gogh, quando criticado por pintar rápido demais, Van Gogh se defendeu dizendo: "Não sou eu que pinto rápido demais, vocês que olham rápido demais". Diante do seu texto, me esforço para não ler rápido demais, argumentando ser pequeno o texto, antes, olho e leio devagar, para extrair o máximo do dito e do latente. Como o beija-flor que para na flor para extrair o máximo que a flor tem a oferecer, sem se lamentar no tempo que ali demorou, pois na flor, foi despejado todo seu empenho, e todo seu ser.
    Confesso que nesse momento me debrucei no seu texto, como o beija-flor, e também olhei para as minhas cicatrizes e sorri, prova de que delas já me curei.

    Paulo Henrique de Oliveira.

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